Que tal arriscarmos mais em viver do que em exibir?

Nos dias de hoje, para muitos, não basta viver (se relacionar, viajar, malhar, comer...etc). É preciso, para se sentirem vivos, mostrarem aos olhares dos outros que se está vivendo. As imagens, editadas ou não, das experiências de vida passaram a ter destaque sobre as próprias experiências de se estar vivendo. Assim, não se come sem antes arrumar o prato, tirar uma foto e publicar, nem que isso faça com que a comida esfrie. Não se curte, como poderia, o show de uma banda, pois, precisa-se ficar concentrado em filmar para mostrar aos outros. Existe uma urgência em atrair o olhar do outro numa promessa de ser amado e ter sua imagem admirada, nem que, para isso, se pague o preço de se afastar da intensidade que a experiência proporciona. Que tal arriscarmos mais em viver do que em exibir? Sim, existe vida por detrás das imagens produzidas e exibidas!